Farinha + Ovos+ Açucar... = Pão de ló
Pão de ló de Alfeizerão
Pão de ló de Margaride
Pão de ló de Ovar
Pão de ló de Vizela
Pão de ló EPIDH
Farinha + Ovos+ Açucar... = Pão de ló
Pão de ló de Alfeizerão
Pão de ló de Margaride
Pão de ló de Ovar
Pão de ló de Vizela
Pão de ló EPIDH
Os alunos de 2º ano da nossa Escola estudaram o poema “Num Bairro Moderno”, de Cesário Verde, e a partir daqui recriaram o retrato de Giuseppe Arcimboldo. O que lhes foi pedido foi que tivessem “visão de artista” (v.31)...
A originalidade e a criatividade foram o ponto alto e na disciplina de Serviços de Cozinha e Pastelaria transformaram “os simples vegetais” (v.32) “Num ser humano que se mova e exista” (v.34).
Parabéns!
Num Bairro Moderno
A Manuel Ribeiro
Dez horas da manhã; os transparentes
Matizam uma casa apalaçada;
Pelos jardins estacam-se as nascentes,
E fere a vista, com brancuras quentes,
A larga rua macadamizada.
Rez-de-chaussée repousam sossegados,
Abriram-se, nalguns, as persianas,
E dum ou doutro, em quartos estucados,
Ou entre a rama dos papéis pintados,
Reluzem, num almoço, as porcelanas.
Como é saudável ter o seu aconchego,
E a sua vida fácil! Eu descia,
Sem muita pressa, para o meu emprego,
Aonde eu agora quase sempre chego
Com as tonturas duma apoplexia.
E rota, pequenina, azafamada,
Notei de costas uma rapariga,
Que no xadrez marmóreo duma escada,
Como um retalho de horta aglomerada,
Pousara, ajoelhando, a sua giga.
E eu, apesar do sol, examinei-a:
Pôs-se de pé; ressoam-lhe os tamancos;
E abre-se-lhe o algodão azul da meia,
Se ela se curva, esguedelhada, feia,
E pendurando os seus bracinhos brancos.
Do patamar responde-lhe um criado:
«Se te convém, despacha; não converses.
Eu não dou mais.» E muito descansado,
Atira um cobre lívido, oxidado,
Que vem bater nas faces duns alperces.
Subitamente - que visão de artista! -
Se eu transformasse os simples vegetais,
À luz do Sol, o intenso colorista,
Num ser humano que se mova e exista
Cheio de belas proporções carnais?!
Bóiam aromas, fumos de cozinha;
Com o cabaz às costas, e vergando,
Sobem padeiros, claros de farinha;
E às portas, uma ou outra campainha
Toca, frenética, de vez em quando.
E eu recompunha, por anatomia,
Um novo corpo orgânico, aos bocados.
Achava os tons e as formas. Descobria
Uma cabeça numa melancia,
E nuns repolhos seios injectados.
As azeitonas, que nos dão o azeite,
Negras e unidas, entre verdes folhos,
São tranças dum belo cabelo que se ajeite;
E os nabos - ossos nus, da cor dp leite,
E os cachos de uvas - os rosários de olhos.
Há colos, ombros, bocas, um semblante
Nas posições de certos frutos. E entre
As hortaliças, túmido, fragrante,
Como dalguém que tudo aquilo jante,
Surge um melão, que me lembrou um ventre.
E, como um feto, enfim, que se dilate,
Vi nos legumes carnes tentadoras,
Sangue na ginja vívida, escarlate,
Bons corações pulsando no tomate
E dedos hirtos, rubros, nas cenouras.
O sol dourava o céu. E a regateira,
Como vendera a sua fresca alface
E dera o ramo de hortelã que cheira,
Voltando-se, gritou-me, prazenteira:
«Não passa mais ninguém!... Se me ajudasse?!...»
Eu acerquei-me dela, sem desprezo;
E, pelas duas asas a quebrar,
Nós levantámos todo aquele peso
Que ao chão de pedra resistia preso,
Com um enorme esforço muscular.
«Muito obrigada! Deus lhe dê saúde!»
E recebi, naquela despedida,
As forças, a alegria, a plenitude,
Que brotam dos excessos de virtude
Ou duma digestão desconhecida.
E enquanto sigo para o lado oposto,
E ao longe rodam as carruagens,
A pobre afasta-se, ao calor de Agosto,
Descolorida nas maçãs do rosto,
E sem quadris na saia de ramagens.
Um pequerrucho rega a trepadeira
Duma janela azul; e, com o ralo
Do regador, parece que joeira
Ou que borrifa estrelas; e a poeira
Que eleva nuvens alvas a incensá-lo.
Chegam do gigo emanações sadias,
Oiço um canário - que infantil chilrada! -
Lidam ménages entre as gelosias,
E o sol estende, pelas frontarias,
Seus raios de laranja destilada.
E pitoresca e audaz, na sua chita,
O peito erguido, os pulsos nas ilhargas,
Duma desgraça alegre que me incita,
Ela apregoa, magra, enfezadita,
As suas couves repolhudas, largas.
E, como grossas pernas dum gigante,
Sem tronco, mas atléticas, inteiras,
Carregam sobre a pobre caminhante,
Sobre a verdura rústica, abundante,
Duas frugais abóboras carneiras.
Lisboa, versão de 1877
Em viagem pelas regiões de Portugal continental e ilhas, e trabalho interdisciplinar, surgiram, de repente, na sua diversidade, os licores e aguardentes portugueses. São muitos e bons e agora contamos com mais um: o licor de laranja marca EPIDH-3TRRB-19|22. A apresenação a 26 de maio de 2022 contou com a presença do Senhor Vereador da Educação da Câmara Municipal do Porto, Fernando Paulo, e da sua equipa, a quem ficamos gratos.
A vertente gastronómica do caminho central de Santiago de Compostela foi o mote para conhecer mais e, quase, para para fazer a caminhada desde o Porto a Santiago. Albergues, iguarias, dísticos, distâncias a partir de cada ponto de paragem, o caminho...a catedral, tudo apresentado numa mostra pelos alunos, a 24 de maio de 2022.
Escola Profissional Infante D. Henrique
Rua do Melo n.º 5
4050-372 Porto
GPS: 41.1589843, -8.6170766
Tel.: 228 304 887
servicos@epdhenrique.edu.gov.pt
direcao@epdhenrique.edu.gov.pt
Queremos saber sobre os alunos que passaram pela nossa escola.
Diga-nos, preenchendo este inquérito.